sexta-feira, 5 de junho de 2009

Mão morta, mão morta...


Quando eu era pequenina - Tuna Convívio
.

Mal informados, ou não, o que terá levado umas centenas de pessoas a confiarem as suas economias ao BPP terá sido colocá-las em lugar seguro com a possibilidade de as fazer render. Agora constatam que as suas expectativas foram goradas e, tendo recorrido à administração do BPP e do BP sem conseguirem obter a devolução do seu pecúlio, decidiram recorrer a Sua Exa. Teixeira dos Santos, Ministro das Finanças que para meu, mas não deles, descanso lhes disse para irem bater a outra porta, tal como num jogo de roda infantil que já muito poucos lembrarão.

Mas terão aquelas pessoas ido pedir que Sua Exa. lhes desse dinheirinho? Acho que não.

Parece-me que Teixeira dos Santos meteu o membro inferior na poça, politicamente falando. Um politico ao dizer que, o que quer que seja, não é nada com ele, tenha paciência vá bater a outra porta, está mesmo a pedir reforma. Tal resposta pode até ser muito correcta mas quem pede aflito, nem que seja à N. Sra. dos Ditos, não é isso que espera ouvir; não é por acaso que os santinhos são mudos.
Provavelmente, Sua Exa. José Sócrates, Primeiro-ministro será o próximo a ter uma visita pois a sabedoria popular recomenda que se vá directamente a Deus contornando os santos. Fico a aguardar pela resposta que dará.


Tomo este episódio por uma grande lição. Quantos aforradores não terão assinado um extenso contrato redigido em letra miudinha? Quantos depositantes não terão a surpresa de saberem ser afinal investidores?


Em que medida é o governo responsável? Desde a publicidade enganosa aos procedimentos enviesados que as empresas utilizam, o estado tem o dever de intervir de forma a prevenir situações dolosas; não é admissível remeter a sua resolução para o calvário dos tribunais, que funcionam em regime de combustão lenta.

Há gente com a cabeça feita em água e atenção que mesmo em lume brando a água pode ferver.

Sem comentários: