segunda-feira, 29 de junho de 2009

De qualquer forma :)

Há quem lhe chame "flor de maracujá!
Muitos dizem que será flor para não cheirar.
Cá para mim não é flor de todo.


Transversal



Deu para todas as medidas

pôs o "Atlantico" a transbordar

é mais acessivel do que possa parecer

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Biografia





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Elton John - Candle In The Wind.MP3 -

domingo, 28 de junho de 2009

Como Troia abanou

Jacques-Louis David
Pois reza o mito que Hera, Atena e Afrodite disputando a “Maçã de Oiro” incumbiram Páris de arbitrar o caso.
Perante a rara beleza das três, não podendo resolver o caso com uma moeda, que só possui duas faces, foi designada de mais bela Afrodite que se antecipara com a promessa de presenteá-lo com a mais bela mulher do mundo – Helena rainha de Esparta. Um clássico das arbitragens, né?
A beleza de Páris seduz Helena ao ponto de com ele partir para Troia levando como enxoval as jóias de seu marido Menelau.
É fácil dizer que Páris foi bem desleal com seu anfitrião, aproveitando-se de sua ausência e que Helena, casou-se por poder e riqueza, cansada da monotonia.
Pois é! O tangível é fácil de ver, se foi por amor, isso só eles poderiam dizer.

O amor não se vê, só se sente!


A partir de aqui muito pano há para mangas mas fiquemo-nos por Troy

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Killing Me Softly With His Song - Shirley Bassey
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Struming my pain with his fingers
Singing my life with his words
killing me softy with his song
killing me softly with his song
telling my whole life
with his words
killing me softly with his song

I heard he sang a good song
I heard he had a style
and so i came to see
and listen for a while

and there he was this younge boy
a stranger to my eyes
Struming my pain with his fingers
Singing my life with his words
killing me softy with his song
killing me softly with his song
telling my whole life
with his words
killing me softly with his song

I felt all flushed with fever
Embarrassed by the crowd
I felt he found my letter
and read eachone out loud
I prayed that he would finish
but he just kept right on
Struming my pain with his fingers
Singing my life with his words
killing me softy with his song
killing me softly with his song
telling my whole life
with his words
killing me softly with his song

he sang as if he knew me
In all my darkness fair
and then he looked right through me
as if i wasn't there
and he kept on singing
singing clear and strong
Struming my pain with his fingers
Singing my life with his words
killing me softy with his song
killing me softly with his song
telling my whole life
with his words
killing me softly with his song

ohhhhhhhhhhh oohhhhhhh...lalalal..ohhhh lalaaaaaaa

Struming my pain with his fingers
Singing my life with his words
killing me softy with his song
killing me softly with his song
telling my whole life
with his words
killing me (softly)

he was strumming my pain
yeah he was seing my life
killing me softly with his song
killing em softly with his song
telling my whole life with his words
killing me softly with his song


fêjanito nã cai do céu


Guarda o Teu Amor Para Mim - Fernando Girão

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Uns alinhavos arrebentam-se. Outros pontos se vão dando; dia a dia, cerzindo o tempo; como as aranhas, construímos teias de geometria imperfeita.

Os livros ao abandono aguardam arrumo mas há muito tempo para isso. As férias têm o encanto que o cacimbo permite. As praias desertas acolhem grupos que vão chegando em pachorrentos machimbombos ou em boleias que mamãs concedem a troco de recomendações de juizinho. Grupos em roda de meninas tagarelam orgulhosas nos seus falsos biquínis prontamente baptizados de “ ora-bolas”, passado os olhos desinteressados pelos toques de bola, lutas-livres e flic-flacs dos rapazes.
Um par ou outro afasta-se procurando conchinhas para mais além estender as toalhas e de barriga para a areia partilharem inadvertidamente os cotovelos. Por vezes, muitas, dedicam-se aos cuidados da pele besuntando as costas uns dos outros com uma mistura de óleo de coco e tintura de iodo levando tais cuidados para alem de limites em que as ditas mudam de nome.
Pela manhã era isto mas pela manha havia um momento em que Docelinda alçava no seu Imp para trazer pá malta umas coca-colas coadjuvada por Deolindo que tinha bom físico para carregar. Ao princípio as bebidas chegavam fresquinhas mas, com o passar dos dias, foram de mornas a quentes, vá-se lá saber porquê.
Pela tarde, o maralhal tertuliava aqui e ali, montados em muros ou nas costas de bancos de pracetas dispersas bairros fora. Alguns privilegiados, em terraços ou garagens, faziam lentos balanços a 45 rpm; Adamo, Morandi e Montand eram, entre outros, convidados especiais.
Bonito, né? Quase três meses à boa vida não se tornasse isto num ramerrame. Paciência.
Então vamos lá dar um jeito a isto.
Tiremos Docelindo do seu trabalho nocturno. Reconhecidas as suas qualidades de trabalho e a sua competência linguística, passemo-lo para a tarde.
-A partir de amanhã passas para a redacção.
-Oh chefe, mas eu já tinha…
-É isso mesmo já tinhas mas não tens.
E pronto. Bons tempos em que era tudo fácil sem atropelos comissões de trabalhadores nem conteúdos funcionais a atrapalharem.

Continuando então a história: Praia de manhã com coca-colas, óleo de coco e tintura de iodo a rodos; à tarde marmelada para alguns e casos de policia mais obituário para Docelindo; à noite… à noite, quando em vez uma escapadela à boite, ao Flamingo de preferência onde Verynice e a sua banda desancavam os corações femininos e se alimentavam ódios movidos a testosterona. Digo quando em vez porque chefe é chefe e quando o chefe é bom, como é o caso, lá arranjava umas noititas ao Deolindo que no dizer dele sempre lhe haviam de fazer jeito à bolsa e, silabando, à ca-rrei-ra!. Quando isso acontecia estão a imaginar os pulos que, figurativamente, o moço dava, né? Pois é! Só não batia com a cabeça no tecto porque a raiva não era assim tanta e o desalento de uma parte de Docelinda desperdiçada, tudo junto somado, não era superior aos benefícios que o part time, lhe trazia.


A vaidade paga-se e o estômago requer assistência;

calcita bangosa “La Finesse” e feijão não caem do céu.

sábado, 27 de junho de 2009

As sabidas

Diz a lenda que os Romanos à falta de mulheres engendraram uma forma de resolver o problema convidando os seus vizinhos Sabinos para uma festarola, e que a um dado momento, segundo um sinal previamente combinado, quiçá uma piscadela de olho, raptaram as piquenas e viúvas.
Os Sabinos, não obstante serem gajos porreiros e valentes, não acharam piada ao modus operandi de Rómulo e sus ragazos mas... a surpresa táctica obrigou-os a uma retirada estratégica.
Remoeram, remoeram e um belo dia, sem se fazerem anunciar, apareceram de cacete em riste para reaverem o seu pecúlio afectivo.
A menos de um passo de haver merda da grossa eis que senão, de repente, intromete-se uma Sabinona clamando sabidona:

Erecteu que por acaso ia a passar vendo aquele impasse de paus e tomates sugeriu:
Eh pah! E se vocês fizessem uma vaquinha e juntassem os trapinhos?
Tito Tácio olhou para Rómulo e perante o seu o seu encolher de ombros e arrepanhar de beiços, adiantou, -Por mim tá bem, ao que Rómulo respondeu, -Dá cá mais cinco. Ia-se entornando o caldo.
-Mais cinco? Disse Tácio a modos que pó azedo a descambar pó fodido. –Nã te chegam as que já aí tens?
-Pronto venham de lá esses ossos.
Ah! Assim, sim.
Deram um ganda abraço que, jura a pés juntos Tito Livio, amachucou armaduras.
Romanos e Sabinos formaram um bloco, central, que governando alternadamente, viveram em paz.



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You're just too good to be true.
Can't take my eyes off you.
You'd be like Heaven to touch.
I wanna hold you so much.
At long last love has arrived
And I thank God I'm alive.
You're just too good to be true.
I Can't take my eyes off you.

Pardon the way that I stare.
There's nothing else to compare.
The sight of you leaves me weak.
There are no words left to speak,
But if you feel like I feel,
Please let me know that it's real.
You're just too good to be true.
Can't take my eyes off you.

I love you, baby,
And if it's quite alright,
I need you, baby,
To warm a lonely night.
I love you, baby.
Trust in me when I say:
Oh, pretty baby,
Don't bring me down, I pray.
Oh, pretty baby, now that I found you, stay
And let me love you, baby.
Let me love you.

You're just too good to be true.
Can't take my eyes off you.
You'd be like Heaven to touch.
I wanna hold you so much.
At long last love has arrived
And I thank God I'm alive.
You're just too good to be true.
Can't take my eyes off you.

I love you, baby,
And if it's quite alright,
I need you, baby,
To warm a lonely night.
I love you, baby.
Trust in me when I say:
Oh, pretty baby,
Don't bring me down, I pray.
Oh, pretty baby, now that I found you, stay..

sexta-feira, 26 de junho de 2009

A Morte De Sócrates



O fundo arquitectónico é o cenário; A atenção é dirigida para a taça de cicuta que ocupa o centro do espaço visual. Rodeado por personagens que pelos seus gestos conferem o dramatismo do momento, Sócrates destaca-se pela iluminação parecendo proferir a sua ultima lição:


Assim seja, lá nos céus e cá na terra

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Sabedoria pa pular


nem só de menta vive um home
(homo canabilis-canibalis)


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Un tout petit bikini - Nathalie Simard

Os Horácios


Jacques Louis David, cinco anos antes da Revolução Francesa (1789) compõe esta tela estruturada ao sabor clássico: O fundo arquitectónico é o cenário; as espadas são o núcleo, o pater a linha de força de simetria que separa a acção: à direita as mulheres choram irmãos, filhos e maridos, à esquerda três irmãos juram perante o pai (pátria?) lutar até à morte contra os Curiácios.
A trajédia, é reforçada pelo facto de se cruzarem laços de sangue. Um Horácio é cunhado de um Curiácio, mas ... pela pátria, contra os canhões, marchar.
Cá por mim já tive a minha dose de boas causas, não tenho vocação para horácio. Contra canhões? Nã marcho, nã marcho, nã marcho
Nem pela pátria nem pela mátria

terça-feira, 23 de junho de 2009

vocências haviam de ver


tourada - Fernando Tordo
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Deolindo
Palavras ... o vento leva-as
Tás frito Jaquim

Para quê gastar Latim
o que tem de ser tem muita força

Bico de laca
The end

Raios e coriscos

O sol nasceu em paz não uma mas muitas vezes.
Entretanto…
D . Fernanda andava contente. As flores, à hora certa, sobre o piano sucediam-se na jarra de cristal.
-Pacheco, vai abrir o portão à menina. E a menina lá vinha no seu Imp, só. Só, mas tão pouco era o bastante para a tranquilizar e se poder dedicar à formação de Dioguinho. Conformada com a sua pouca aptidão para a execução dos “martelinhos”, que a sua mana tão graciosamente já aos dez anos executava, canalizou a complementaridade escolar para a equitação.
-Dioguinho, Dinho, como familiarmente era tratado - tomo a liberdade de assim passar a referir-me – em poucas lições a que correspondiam o mesmo número de elogios por parte exigente mestre, revelava uma inata desenvoltura e apreciável destemor que logo justificaram mandar vir da cudelaria de Alter um puro e inteiro lusitano, escolhido por pessoa indicada pelo mestre. Quando o lusitano chegou, Dinho fazia já a última prova da casaca. Como a casaca era linda! Cetim madrepérola debruado a seda rosa, emoldurava a camisa cinza mais-que-pálido. Das mangas floresciam punhos de renda suíça, resultante de aturadas horas de escolha em gabinete privado dos Armazéns do Minho. A calça justa, bege, dava um toque de elegância à figura adolescente espraiando-se pela meia de renda; por fim a bota alta de prateleira em pele de vitela, partida a preceito pelo próprio mestre, acolhia uma autentica jóia: esporas de prata finamente cinzeladas.
Julho chegou finalmente e Dinho mal disfarçando o nervosismo vestiu-se para a sua primeira apresentação pública, ajudado pela extremosa mãe, igualmente nervosa, que lamentava o seu menino ter escolhido entretanto dar um chamado pulo da adolescência. Não foi nada que o alfaiate, mais tarde promovido a costureiro, não resolvesse de pronto com simples alinhavos e alfinetes-de-ama.
Os toques soaram e Dinho e o mestre, alternadamente foram recebendo, respectivamente, garraios e toiros mais as merecidas palmas que não foram regateadas pelo público presente que se dispersava pela zona da sombra, aproveitando o raro espectáculo cujo preço simbólico revertia para uma benemérita obra dos padres capuchinhos de S. Paulo.
No final da corrida de curta distancia, os convidados rumaram aos jardins da residência dos paizinhos do artista onde já noite aconteceu um pôr-do-sol volante, esmeradamente servido por um exército de empregados que contrastavam com as fardas brancas.
Os convivas mindinhos esticados, não se pouparam a elevar as flutes repletas de fresquíssimo meio bruto “Raposeira” em comunhão de opinião de que naquele dia havia nascido um valente cavaleiro.
-Um artista. Acrescentou uma jovem menina loura de finas sobrancelhas escuras, muito amiga de casa que merecia a desvelada protecção de Diogo pai, de seu nome, só para memória futura, Dina (Dininha para Diogo pai).
O mestre não escondia a satisfação pelo sucesso do seu trabalho brindando como competia a homem do Ribatejo, não com flutes de “Raposeira” mas com carrascão do Cartaxo em caneca de barro pois D. Fernanda não era senhora para descurar pormenores. Quem melhor do que ele para atestar a tarde de glória?
-Isto que hoje viram não foi nada. Tivessem os cabrões dos bichos colaborado e vocências haviam de ver do que o Dinho ainda tem para mostrar.
-Pois é. Soou d’algures
-Pois é. Repetiu-se em coro.
Dioguinho, encheu o peito e agradeceu.
Uns alinhavos arrebentaram-se.

sábado, 20 de junho de 2009

Santi, santi, santi.

Santo a valer é o António
a que outros se seguirão
de mangerico e alho porro
de arquinho e até balão.
Toc'andar que se não corro
ainda perco o meu João.
Ai jasus que ainda morro
que ainda faltam o sr. Pedro,
sardinhas e vinho a jorro.
O mundo treme de medo
Anda no ar uma tenSão...
por poder partir a bilha,
essa grande maravilha.

Mas ca ganda pandemónio!

d'aqui


Bom, e por falar em marchas, em Alcácer afortunadamente assisti a um concurso já há um ror de anos que me deixou agradavelmente surpreendido. Tomei-as como uma mais uma grande lição. Esta terra no domínio da cultura tem muito para oferecer, ao contrario do que algumas figuras, filhas da terra que fora dela se projectaram, querem fazer crer.

Na música duas colectividades locais e outra na Vila do Torrão, prestam uma actividade meritória e emprestam serviços públicos, simplesmente notáveis, de; formação, educação e sociabilização de dezenas de jovens.

No teatro, de uma companhia, o Teatro do Rio, já tive o gosto de vos falar e falarei quando estes amadores "preguiçosos" derem oportunidade. Tenho também saudades do teatro revisteiro que Bichas e Revezes, de nome, a Manela da sapataria, a Ju das finanças, o Tona dos jornais, o Casimiro dos bolos, e outros que não sei citar, desculpem, volta e meia se lembram de abrilhantar.

Ah, falávamos de marchas! Essas infelizmente estão paralisadas por... excessiva competitividade? Por insuficientes apoios? Falta de carolice? Não sei, talvez um pouco de cada. Mas bem melhor do que eu reza aos santinhos o poeta:

“Santo António e são João
E também São Pedro amigo
Oiçam com muita atenção
a razão deste pedido:

Com impostos sempre à solta
Ou p’los meios mais celulares
Por favor tragam de volta
Nossas marchas populares”
(versos de Jorge Marques)


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Alcacer Velhinha - Banda da Calceteira

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Uma Boa Ideia

o sol quando nasce deveria ser para todos, mas
quando o calor aperta... é só para alguns.
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Hot Hot Hot -