sábado, 29 de setembro de 2007

APREensão

estou APREensivo, mas não se preocupem, é comigo mesmo
chega Menezes em estilo, sem pompa ou circunstancia,


vai-se Mendes pela direita baixa, no seu estilo e nas circunstancias que me deixam APREensivo


somente porque nunca me imaginei a desejar tanto a alternância
APRE!

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

O amigo da onça

Até nas promessas está mais fraco", criticou Diogo Feio, referindo-se ao anúncio feito pelo primeiro-ministro no último debate mensal com a abertura, nas Lojas do Cidadão, do balcão "Perdi a Carteira".

Com ironia, Diogo Feio questionou: "Será que também assistiremos à abertura de balcões sucessivos como o 'Perdi a segurança', 'perdi o emprego', 'perdi a consulta', 'perdi a escola', 'perdi a empresa', 'perdi anos e anos nos tribunais', tudo culminando daqui a dois anos num balcão a abrir no Largo do Rato 'perdi as eleições'?".
Andem lá, não custa nada admitir que o gajo até tem piada



***

força Tiago

SUSSEXO PARA OS NUS


Velasquez . Tiago Nené, traz a chancela lirismo minimalista e isso basta para não correr riscos



29 de Setembro16.00



Magnolia Caffé - Praça de Londres

(Lisboa)

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

A mim não me interrompem


"A mim não me interrompem com a chegada de um treinador de futebol. Acho que há regras, a SIC tem regras diferentes das minhas. Tenho que ser respeitado"



É assim mesmo, bem feita, prontos.

Como um episódio tão pequenino afecta! Não fosse ele, o citado, pequenino e provavelmente seria afectado por coisas bem maiores.
Mas eu percebo-o. Também sou dado a amuos. Quando numa roda de amigos não seguem as minhas quase brilhantes dissertações, se pudesse até fuzilava e não era só com o olhar. O estafermo ou estaferma que desvie a atenção, duma piada ou anedota que estiver ensaiando no momento, estaria feito comigo, pudesse eu.
Está claro que disfarço, mal mas disfarço.

Ocorre-me agora invertendo os papéis: o Sr. Lopes voltaria para o avião se soubesse que estavam a interromper uma entrevista a Mourinho, só para o ouvirem? Se o confrontarem com esta questão, ele é menino para dizer que jamais...
Mas jamais o quê?
Tá bem, acredito que sim que voltasse, mas aproveitando a boleia, cá para mim, até podia voltar para o útero de sua mãe, mais até o deixava escolher o caminho.

***

ainda não sei se até dia 29 o erecteu faz sair outro post. Consta que, por razões que se prendem com o luar, se prepara para rebaldarias rumo ao sul. Confidenciou-me que não estará presente no lançamento dos "Versus Nus", e que por isso te manda um abraço.

força Tiago

SUSSEXO PARA OS NUS


Velasquez . Tiago Nené, traz a chancela lirismo minimalista e isso basta para não correr riscos



29 de Setembro16.00



Magnolia Caffé - Praça de Londres

(Lisboa)

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Somos bons na cama

Vem isto a propósito da comadre que encismou qu’eu coisa e tal não sou bicho de deixar a raparigada ficar mal.

Claro que sou bom na cama, ora essa! Muita bom até! Caio nela e a partir dos 45 graus já tou a dormir com o ar mais sério do mundo. Acontece porém que se fordia de festa, nã sê s’é das endomorfinas ou do esforço, - sim qu’eu sou mui esforçado! – o certo é que ferro com um sorriso nos bêços, de fazer inveja ao menino jesus.

Bem a parte má embora não a pior é que me pedem a “definição de ser bom na cama” como neste capitulo até não sou um mau teórico aqui fica sinteticamente:
É como na guerra.
E explicitando; vale tudo. Vamo-nos ao outro com todo o armamento e não o poupamos; sem dó nem piedade quer gema quer grite; se s’agiganta... deixa-se avançar, fazer as despesas; se s’agacha, é porque está mesmo a “pedilas”, né?

Agora, as nomeações, o pior do melhor:

Elipse, anda lá filha qu’esse teu ar sério pede que te chegues à frente. Bute ao confessionário. Se nã te chegares inda melhor dou asas à imaginação :)

Vague com esta lua cheia estamos em maré altas, desculpa lá mas, explica lá como rezas.

DaMulaRussa: Dá-mo lá russa, dá-m’as definições equações e faz-me as ilustrações; a mon avis, és boa nisso.

Nanny , deixa-te de seilás e se nã sabes inventa filha, toca a pôr a boca no trombone e explica-te.

Psique Antes que te ponhas com ideias vamos lá a contar com'é, se for como imagino toca a vestir o amianto porque o vulcão vem lá.
E.T. - Não incluí aqui o Rui no ramalhete, não é porque ele o descompusesse, pelo contrario, mas era safadeza a mais pedir-lhe uma reportagem sobre o assunto.
Pensando melhor...



***

e como o devido nem é prometido


Velasquez . Tiago Nené, traz a chancela lirismo minimalista e isso basta para não correr riscos

29 de Setembro16.00

Magnolia Caffé - Praça de Londres
(Lisboa)


Espero que compareçam todos.

Assim a vida é uma espiga

O novo Estatuto dos Deputados determina que «o registo de interesses é público e deve ser disponibilizado para consulta no portal da Assembleia da República na Internet, ou a quem o solicitar».
in Sol
..."mas até terça-feira essa informação não se encontrava na página do Parlamento, à excepção do registo do deputado do PS António José Seguro, que o próprio decidiu disponibilizar."
mas há casos exemplares:
documentos que aparecem em branco, em que só estão visíveis os respectivos nomes.
o do presidente do CDS-PP, Paulo Portas,
o do socialista Carlos Lopes
e no registo de interesses do líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares, a sua letra aparece tão apagada no formato digital que não se consegue identificar uma palavra.
Palavras para quê?
São artistas portugueses




***
Velasquez . Tiago Nené, traz a chancela lirismo minimalista e isso basta para não correr riscos

29 de Setembro16.00
Magnolia Caffé - Praça de Londres
(Lisboa)
Espero que compareçam todos.


terça-feira, 25 de setembro de 2007

Estarei com os azeites ou com os vinagres?

Os “Plano director Municipal” (PDM’s) são instrumentos imprescindíveis para a administração, devendo ser seguidos rigorosamente. O rigor dos PDM’s está contudo defendido, na medida em que quando se reconhece interesse público que o justifique é possível a tomada de medidas que os contrariem. Quem reconhece o interesse publico é o governo e ainda bem que tão bem se governa, né? -Bom dia Sr Espirito Santo.
Ond'é qu'ia eu? Com isto perdi-me!
Ah! Os PDM's!
Os PDM’s, durante a sua elaboração, são sabiamente enformados por legiões de técnicos que integram as comisshões de acompanhamento, acabaram por acabar com as bandalheiras: Ali industria, além habitação e serviços, acolá floresta, aqui nicles, e assim por diante: batadoides.
É um tal desvelo pela ordem, que até me chegam as lágrimas aos olhos, recordando-me do sucexo de Brazilia. Sim sucexo com x pois aquilo é uma foda: Em permanente rotação, um terço da cidade está vazia, o que facilita bastante a vida… aos ladrões. De dia roubam onde foi planeado dormir e de noite assaltam onde se trabalha de dia. GENIAL, né?.
-Então…?
Então o quê? Não me atrapalhem, é lógico que sou pela ordem embora, confesso, me guste um pouquito de desordem.
Congratulo-me com o bot’abaixo das Fontes da Telha e com o desmoronar das casas de fim-de-semana, fruto de muito sacrifício… e ousado oportunismo que, começando por umas tabuinhas, não raramente acabam em chalé. Congratulo-me com os supetões dados nas barragens, em roulotes e tendas, por causa das barracas que se vão fixando e amontoando orgânicamente como o bolor cresce em pão.

Congratulo-me com isso e muito mais, por exemplo, por ainda ser possivel montar uma tenda à beira mar e curtir, curtir até mais não.

O Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) revogou a decisão tomada pela comissão directiva do Parque Natural da Arrábida e deu luz verde à alteração das cotas de exploração da SECIL nas pedreiras do Outão

JURO

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Velasquez . Tiago Nené, traz a chancela lirismo minimalista e isso basta para não correr riscos

29 de Setembro16.00
Magnolia Caffé - Praça de Londres
(Lisboa)
Espero que compareçam todos.


segunda-feira, 24 de setembro de 2007

100 palavras

se vos perguntarem, digam que era um mimo
era mesmo um miminho

Haverá duas sem três?

Não sendo um crente, o que me alivia de muito stress expectante, acredito que há coisas para acontecer, E ontem, vendo bem, já hoje aconteceu tropeçar no “Carteiro de Pablo Neruda” e em “Feios Porcos e Maus”, de seguideira, isso mesmo.
Duas obras que me despertavam curiosidade, mas atrás das quais nunca me dera ao trabalho de correr, finalmente, ao ver a programação da TV, esperei-as como caçador entocado.

“O Carteiro de Pablo Neruda”, afinal é de Antonio Skármeta, vejam lá! Como sou dado a exageros de apaixonado, direi simplesmente: Não haverá muitas mais coisas assim que eu perderei inevitavelmente? E o "assim" é o sublime dum personagem representado magistralmente.
Depois, lá para a uma da matina, convidado esperado, Ettore Scola, entra-me casa adentro. Não seria para me surpreender pois de “Feios Porcos e Maus” estava eu à espera vai para trinta anos. Mas BRUTTI SPORCHI E CATTIVI surpreendeu e bem! Outra obra prima de representação. O humor amargo do Neo-realismo italiano deixa marcas, se não perguntem a Emir Kusturica.

Ainda maravilhado sou sacudido por um apelo:

Velasquez disse...
Ola,
é possivel fazeres um post pequenino a divulgar o lançamento em lisboa do meu livro? podes usar a capa. no meu site esta a info:
www.tiagonene.pt.vu
conto ctg lá tambem, claro:)
vai estar la algumas pessoas conhecidas. Aparece!

Deixas-me entalado.
Por convicção, já fiz meia dúzia de posts divulgando sites, blogs e diversos géneros de obras; por encomenda não; never on sunday, capicci?
Mas c'os diabos, Velasquez traz a chancela lirismo minimalista e isso basta para não correr riscos, afinal se já fui, hoje, bem surpreendido duas vezes…
29 de Setembro16.00
Magnolia Caffé - Praça de Londres (Lisboa)
Espero que compareçam todos.


domingo, 23 de setembro de 2007

E TU?

As coisas vão felizmente mudando, vai-se desvanecendo, o estigma que levava familiares a ocultarem-nos em quartos, por vezes acorrentados.Infelizmente não tão rápido como é desejavel, o Estado vai intervindo e sentimentos de culpa ou resignadas expiações por estranhos castigos divinos vão diminuindo.
Até ao dia em que acções concretas não sejam necessarias, até se perderem os comportamentos desajustados de presumiveis normais, não me conformo.

***
FÓRUM EUROPEU DA DEFICIÊNCIA

1997-2007: DEZ ANOS DE LUTA PELOS DIREITOS DAS
PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Vamos fazer com que a Discriminação com base na Deficiência
passe à História


Combater a Discriminação face às pessoas com deficiência é um
assunto que diz respeito a TODOS



sábado, 22 de setembro de 2007

Flexi insegurança

Conhecia-a de muito longe, envolta em capas que escondiam fraquezas. Diz-se que dos fracos não reza a história mas como não sou historiador, até lhe achava graça, afinal não há mais forte do que aquele que faz das fraquezas forças.
Pois, tão forte é a sua fraqueza que à sua volta tudo baila de bico, é que a fraqueza pode dar folgo à verve, rapidez ao pensamento e transmutar pele suave e bem cheirosa em couraça, entupir os lacrimais para soltar, mesmo assim a custo, lágrima só de raiva, o riso aflorar-lhe de escárnio, do lábio soltam-se trovas de maldizer, tal como a água fresca se perde em areias.
Um simples véu descai e a menina, em frágil doce, desponta traquina quebrando avisos, desprotegida, como brisa fresca afagando o deserto.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

sempre


à volta

***

Maria, Di,

Nada mais do que uma peça de um "simples" torno mecânico, afiando uma alfaia agrícola. A pouca luz e o brilho do metal, a parte do todo, fazem o mistério, se o há.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Mas o que é que o Resende tem a ver para a história e o mijo tem a ver com as cuecas?

Vocês sabem lá, diariamente, mal me aproximo de casa dá-me uma vontadinha… Espero que a vizinhança não se aperceba das minhas contorções de corpo, das atrapalhações com chaves e papeis, dos apertões de pernas e contracções do esfíncter na tentativa de controlar aquela súbita vontade de mijar! É a chave que não acerta à primeira, é a porta que empanca no inimaginável, é o saco que se escapa, é a corrida para a sanita, é a tampa que se estampa, é o tiro em leque que desespera qualquer mulher ciosa do seu lar.

Eu confesso que não, e o(s) Sr(s) Ministro(s), conhece a Vila de Resende?

De certeza que já lá passou pelo menos, quando tocou a prometer um futuro melhor. Não sou bruxo mas vejo-o espalhando simpatia e palavras de reforço da fé num Portugal melhor.


Eu nunca passei por lá pois não fica a caminho de nada, isto é, encostada ao Douro , entalada entre a Ponte de Cinfães e Lamego, só lá vai quem quer.


Eu sei como é, pois já andei por ali perto. É um sobe e desce por meio de curvas e contra curvas que transformam quaisquer trinta quilómetros numa eternidade; é a eternidade que separava uma parideira de Lamego. Bons tempos!


Agora... parir é um pouco mais além, em Viseu, pelo que, a uma grávida que entre em trabalho de parto, só na deslocação, espera-a mais do que uma horinha feliz.

Estar apertadinho para uma mijinha é obra, Sr. Ministro, e não me venha com conselhos de dar atenção à prostata que não estou para aí virado. O quê? Marcadores? Pois, tá bem deixa, os gajos apanham a malta e começam logo a calçar a luva.

Perco-me! Veio-me isto a propósito de:


Criança nasceu em ambulância na A24

Uma criança do sexo masculino nasceu hoje, cerca das 12:00, numa ambulância dos bombeiros de Resende, a cerca de 12 quilómetros de Viseu, quando se dirigia para o Hospital São Teotónio. Desde que a maternidade do Hospital de Lamego - a mais próxima de Resende - encerrou, há cerca de um ano, os Bombeiros Voluntários de Resende já deram assistência a cinco partos, segundo o comandante José Ângelo. (Lusa)



Bom o senhor domina-se e domina, mas olhe que ainda não lhe falei das caganeiras súbitas, ouviu?

É que quando isso dá, só lhe digo que é uma merda,

uma ganda merda mesmo.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

domingo, 16 de setembro de 2007

A queda das 10 folhas

A minha Maria de vez em quando faz-me destas e eu... vindo dela é como uma carícia, mas vós outros nã s'atrevam.
Bom Marioska, os 10 livros que mudaram a minha vida, os dez livros, os dez... tou lixado tenho qu'inventar pois acho que não li tantos.
Como fica bem abstrair, começo pelo básico, o livro de assentos de baptismo e registo da Igreja na N. Sra da Conceição e o meu primeiro livro de leitura, que me deu imenso prazer até chegar aos ditongos: Ai! ... Ui!




Bom, posto isto de parte o que fica?

1.
de Júlio Diniz, "Uma Família Inglesa" .
Lido debaixo de uma latada ao fundo de um comprido quintal entre as passas de uns clandestinos cigarritos, foi a descoberta, aos treze anos, do prazer da leitura. Afinal os livros sem bonecos podiam ser giros! Havia vida para lá dos Cóbois e do FBI.
2
de Jonh Steinbeck, "A um Deus Desconhecido"
Em detrimento de outros, por muito estimulante que foi, aos dezasseis anos. Ainda hoje revejo nele o cheiro da terra molhada pela chuva.
3
José Mauro de Vasconcelos, "MEU PÉ DE LARANJA LIMA"
Faria qualquer morrer a rir se pudesse ver-me a lê-lo. Não digo porquê pois preservo a minha reputação de muy macho. Aos 23 anos quando o tempo parou de contar.
4
DE Gabriel Garcia Marques, "CEM ANOS DE SOLIDÃO"
Como que a "never ending story"
5
De Isabel Allende, "A CASA DOS ESPIRITOS"
Por uma deliciosa leitura partilhada com amor
6
De Margueritte Yourcenar. "A Obra ao Negro"
7
De Umberto Ecco, "O Nome da Rosa"
e 8
De José Saramago, "O Memorial do Convento"
Apresento-os em bloco porque os li de "seguideira", num entusiasmo em crescendo. Juro-vos que são os livros que nos descobrem, felizmente.
9
de Mário de Carvalho, "UM DEUS PASSEANDO PELA BRISA DA TARDE"
Este, "já velho", escritor é o testemunho do legado de escritores portugueses que sou forçado a omitir, mas que a minha maria referenciou.
10
de Mário Zambujal, "CRÓNICA DOS BONS MALANDROS"
A vida também se vive a rir. Li-o no 15 entre o Calvário e Algés. Por mais de uma vez apanhei gente a olhar-me com pena, isso mesmo: dó, da minha figura. Sempre é melhor do que ser apanhado a ressonar.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

É, é uma chatisse!

Há por aí muita cueca entaladas nos rabos, como por exemplo:
Gibraltar em Espanha
Ceuta em Marrocos
Israel na Palestina
As FalkLands / Maldivas na Argentina, muitas, muitas mais haverá.

O Tibete existe? Se calhar tanto como Olivença existirá para Yung Lee Yong, na minha perspectiva mal comparado está claro, mas com suculento significado para uns quantos bons lusitanos..
Sua Santidade veio a Portugal para visitar o quê? Quem o convidou? Parece-me que Sua Santidade veio jogar fora pois é sabido que nem pode jogar em casa. Até está a jogar muito bem, Sua Santidade está, com certeza, à espera que os Governos dos países que visita, façam o seu jogo, não é? Até nem é pedir muito!
Há quem diga. embora mal comparado, que Sua Santidade violenta, para ser mais suave, força, em defesa de seus ideais o que quer dizer, em seu próprio interesse, o que convenhamos é legítimo, muito mais sabendo que é por uma tão boa causa.

Sua Santidade joga com o peso todo que sabe ter, licitamente faz carga de ombro quando faz o seu jogo, mas, tenha paciência, os governantes em quem eu minoritariamente não votei, não querem fazer o jogo de Sua Santidade.
A democracia é uma chatice.


O simpático e sempre sorridente XIV Dalai Lama teve oportunidade de nos brindar com esta:
"Onde vou quero ir sem uma agenda política, apenas com o meu sorriso"
E depois com estas:
"A verdadeira questão do Tibete não é só a do meu regresso, mas os direitos de seis milhões de tibetanos",

"Quando estamos perante um conflito, devemos conhecer as pessoas - até Ben Laden - saber quais são as suas queixas, ouvi-las. Se for possível uma forma de compromisso, muito bem, senão, é melhor entender qual é o seu ponto de vista."

"Recebi um convite e um bilhete de avião. Estou feliz."

Perceberam?
Eu não percebi se era para nos deixar, o bilhete de volta, de qualquer forma, sinceramente, desejo que nos visite amiúde.

O Pecado

Senhores eu, desculpem, senhoras, meninos e meninas, eu pecador me confesso. Baldei-me. Ontem não fui dar costumeira voltinha pelas minhas marias e maneis.
Perdão, mas troquei-vos pelo orgulho nacional, a selecção. Aquilo era importante, o mister convocou o 12º jogador e avisou que era um jogo mata-mata. Como o estádio tava cheiinho prantei-me na TV munido de sagres e coiratos, cascol e bandeira e valeu a pena, ainda não tinha aviado duas minis nem despachado dois arrotos e os gajos já lá iam com uma no bucho o que me levou até ao intervalo, sete ou oito sagres depois. Bom, deu-me a sonêra durante sportópausa!


Quando acordê nã queria acreditar, estavam a dar a repetição do golo do gajos! Sobreveio um enorme complexo de culpa. Tivesse-me eu mantido firme no meu posto e nada daquilo tinha acontecido. Os cabrões dos "Servos" apanham-m'a dormir e pimbas uma nas nalgas, nã se faz.
Mas o mister avisara era mata-mata. O Mister esforçou-se, no fim até se foi a eles ao soco, mas não era o nosso dia!
O próprio mister confessou ter falhado o tapa.
Coitado!

Tapamos pá próxima, nã faz mal

alê portugal

portugal alê

PS - Tenho que parar por aqui. O puto tá a chatear-me vou ali dar-lh'um tapa d'avanço, tá?

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Lamechices

Detesto-as e tropeço nelas constantemente; mas é a vida na sua lei, como a gravidade que me prende nesta órbita apertada de planeta anão em vias de desclassificação.

***

Descalços e ignaros escolheram a gasolina, as pedras, e oTNT.

Foram, à sua maneira, "davides" e "quixotes" acometendo, golias blindados sem os confundirem com moinhos de vento e, à nossa maneira, foram gozados .

Rimo-nos dos loucos que insistem em bater com a cabeça nas paredes, rimo-nos até aprendermos que os loucos são capazes daquilo que não nos passa pela nossa.

Um dia o mundo, atónito, viu a barbárie trocar pedras, gasolina e coletes por aviões; trocar blindados e muralhas por Torres Gémeas e trocar o seu campo de batalha, pelo nosso.

Só não trocaram o grito final: Allah ak bahr

foi um triste dia, gritou-se -assim não vale-


O Primeiro Dia

A principio é simples, anda-se sózinho
passa-se nas ruas bem devagarinho
está-se bem no silêncio e no borborinho
bebe-se as certezas num copo de vinho
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Pouco a pouco o passo faz-se vagabundo
dá-se a volta ao medo, dá-se a volta ao mundo
diz-se do passado, que está moribundo
bebe-se o alento num copo sem fundo
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

E é então que amigos nos oferecem leito
entra-se cansado e sai-se refeito
luta-se por tudo o que se leva a peito
bebe-se, come-se e alguém nos diz: bom proveito
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Depois vêm cansaços e o corpo fraqueja
olha-se para dentro e já pouco sobeja
pede-se o descanso, por curto que seja
apagam-se dúvidas num mar de cerveja
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Enfim duma escolha faz-se um desafio
enfrenta-se a vida de fio a pavio
navega-se sem mar, sem vela ou navio
bebe-se a coragem até dum copo vazio
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

E entretanto o tempo fez cinza da brasa
e outra maré cheia virá da maré vazia
nasce um novo dia e no braço outra asa
brinda-se aos amores com o vinho da casa
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida.


Sérgio Godinho -

Afinal... não afinal

Afinal...

-Como é que se acaba com um blog?
?!!! – Mas tu tens um blog?
- Não que ideia, sabes bem que não.
-Então…!
-Mas gostava de ter.
-Lá tás tu a mancar-me.
-A sério, diz lá.
-Mas se não tens…
-Mas posso vir a ter, né?
-Mas não tens.
-Supõe que tenho.
-Tá bem.
-Como é?
- Acabas, fácil!
- Ponho um post a dizer: acabei?
-Pronto, supondo que tens, né? Como começaste?
-Escrevi um post, ora! Mas a questão não está no começar, como acabo? Se quiseres acabar o teu como fazes?
-Sei lá! Deixo de escrever, ora!
-Não sabes? Tens um blog e não sabes como acabá-lo?
-Nunca pensei nisso, porra.
- Tch! Foste sempre um irresponsável.
-Chiça, tá bem... vou pensar nisso.
-Improvisa.
!?
-Sim imagina que queres acabar.
-Tás louco? E o pessoal: Erecteu anda lá, dá lá mais uma… ou: não faças isso a malta gosta muito de tu, blá, bláblá…
-Ai é?
-É, para além disso um gajo mesmo que apeteça não diz.
-Não?
- Claro! Um gajo quando quer, faz, não diz.
- É! Tens razão. Mas parece mal, dar de frosques e não avisar, né?
-Pois, mas se um gajo avisa, parece que está a pedir batatinhas!
-Pois é.
-Pois é.
-Tchau.
-Até à vista, vou de férias.
- Olha essa era uma boa para…
-Não recomeces, porra!

... não afinal

Comecei a blogar porque um sacana de um amigo blogava entusiasticamente.
Porquê?
Pelo desafio de dominar uma ferramenta esquisita; depois, pelo deslumbramento da descoberta do prazer da escrita que encontrei por aí espalhado; escudado no anonimato, foi-me possivel ousar também.

Por fim, mas não finalmente, apercebi-me de que me era dado um enorme carinho que, tenho que confessar, me fazia muita falta. O entusiasmo era porporcional à incompreensão pelo apreço e incentivos recebidos. Entretanto a barra esteve bem preta por mais de uma vez; em todas senti um enorme e discreto apoio. As forças foram faltando na justa medida em que o "Com menta" mais pedia, projectos fermentaram e ficaram por aí, outros por fechar; sobreveio o complexo de culpa de mais receber do que gosto dar!

Pensei mais do que uma vez em acabar, sem saber como. O texto aí acima esteve à beira de um click. Imagino o que será chegar a casa e dizer -"Olhem, vou-me, fiquem bem."- e a familia a olhar aparvalhada. Pretensões.
Parvoíces, mariquices, afinal não devemos nada uns aos outros, somos fortes e livres, durões e mais...VIRTUAIS, se não me engano.

Desta forma propus-me aguentar um ano, 365 dias, chegou finalmente o dia. Merda, e depois?

Não o faço agora, mas um dia, qualquer dia... lá terá que ser, né?

Nota: Aqui abaixo, foi o primeiro post, antes das minhas MARIAS me ensinarem a pôr música! Revejo o poema e encontro-lhe, @penas, ainda mais sentido!



Eu fui devagarinho
Com medo de falhar
Não fosse esse o caminho certo
Para te encontrar
Fui descobrindo devagar
Cada sorriso teu
Fui aprendendo a procurar
Por entre sonhos meus

Eu fui assim chegando
Sem entender porquê
Já foram tantas vezes tantas
Assim como esta vez
Mas é mais fundo o teu olhar
Mais do que eu sei dizer
É um abrigo pra voltar
Ou um mar para me perder

Eu fui entrando pouco a pouco
Abri a porta e vi
Que havia lume aceso
E um lugar pra mim
Quase me assusta descobrir
Que foi este sabor
Que a vida inteira procurei
Entre a paixão e a dor

Lá fora o vento
Nem sempre sabe a liberdade
Gente perdida
Balança entre o sonho e a verdade
Foge ao vazio
Enquanto brinda, dança e salta
Eu trago-te comigo
E guardo este abraço só para ti.

Mafalda Veiga

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

36 linhas - III

-Com o que temos.
-E como podermos
-Assim faremos
-Diga lá
-É para já
-Nesta moita?
-Se for afoita…
-Não me conhece
-Bem me parece.
-Vamos então
Foram,
avingaram
e atornaram

-Estou melhori
-Mereciam piori
-Naqueli pinhal
-Tal e qual
Foram,
e atornaram
-E s’ele foi por traz?
-É, é bem capaz!
-Ai a safardana...
–Avinguemos à canzana.
-Naquele cabeço?
-Para começo
Foram
-É para saberem
-E p’aprenderem…
-Nã seja assim.
-Pois cá pra mim…
-Ganda castigo
-Bem merecido
-Nã podia ser maiori
-O mê home bem merecia
-Mas sabi, comadri…
-Sê… Acabousse-lhe o rancori.
Conclusão: Vai-se a tesão, vem-se o perdão.


AVEnturas ou restos de estação

Há de tudo um pouco;

os guarda de Jan


são talvez como eu

gostam de misturas!

Gaivotas em terra...

sem tempestade no mar

como são belas,

lá no ar.

POSTuras

Tudo é relativo, Carlo que o diga.

Dão nozes os deuses

que alguém desatará,

tal como Bob

ou os que passam

para onde, não sei.