
A minha rica padeirinha, corajosa, capaz de enfrentar à pazada sete valentes castelhanos, não tem a existência confirmada e, reza a lenda, era feia que nem um bode não lhe faltando profícuos folículos pilosos.
A Maria, da tal Fontarcada, personificou a luta do povo contra: o recrutamento militar; a obrigatoriedade do registo de propriedades para introdução da contribuição predial; a proibição de enterros em igrejas, por questões de saúde pública.

Os Cabrãolistas, vai de impor; os mais avessos ao progresso, principalmente nas zonas rurais de acentuado fanatismo religioso, e os sobreviventes pró-absolutistas, vai de aproveitar a cena.
O rastilho aceso no Minho, rapidamente incendiou as Beiras, Trás-os-Montes e a Estremadura. (…) “feita por homens de saco ao ombro e de foice roçadora na mão, para destruir fazendas, assassinar, incendiar a propriedade, roubar os habitantes das terras que percorrem e lançar fogo aos cartórios, reduzindo a cinzas os arquivos”. Tal ia a moenga, heim!
Moral da história: cuidado com os mitos (principalmente os feios), porque para mito basto eu, e a Padeirita, coitada, se estava a ser fodida pelos liberais, não se livrou de ser enrabada belos absolutistas, que senhores duma ganda peida, para ela se estavam cagando.
Bom já viram que liberais e "neon"-liberais, nã papo e absolutistas nêm chêrari. Atão, (perguntam vocemessês) por aí nã se papa nada?
Pronto, vá lá, confesso que por vezes, com ou sem laranja, pactuo absolutamente. 
