segunda-feira, 23 de março de 2009

Querem lá saber!

Houve tempo em que a luta do mercado de trabalho se fazia por lugares apetecíveis a partir do momento que se alcançava o 5º ano, actual nono, quando a escolaridade obrigatório era a conclusão do chamado ciclo preparatório. Banca, seguros, escritórios e função pública ficavam ao alcance.

Concluir o quinto era obra que passava pela prestação de exames que englobavam os conteúdos de um ciclo (3º, 4º e 5º anos). A tal exame composto por nove provas escritas e oito orais acediam alunos que tivessem obtido classificação interna suficiente para a ele se candidatarem e ainda assim a percentagem final de chumbos era significativa.
Aos Liceus, praticamente gratuitos, juntavam-se os Colégios, significativamente dispendiosos, que se podiam agrupar em dois tipo, ambos prestigiados: o primeiro pelo seu grau de exigência e garantia de uma boa preparação e o segundo pela garantia de levarem todos os alunos a exame.; quem cabulava ou não fosse muito abonado de capacidades mas o fosse suficientemente de recursos financeiros era por aí que tentava a sua sorte, jogando por vezes influencias chamadas cunhas.

Hoje porém… Público inflaciona mais as notas que o privado (!)
“Com a introdução do novo Estatuto da Carreira Docente, as notas finais pioraram, mas as notas internas foram inflacionadas, diz um trabalho de um investigador português. Especialistas dizem que conclusões eram esperadas.

A explicação é fácil. Os profs funcionam segundo a batuta do patrão. Se eram dispensados pelos directores dos colégios cujo negócio era vender mensalidades a cábulas, hoje o patrão do ensino público – o estado, o governo – compra estatísticas. os particulares de outrora e o público de hoje têm em comum o estarem-se marimbando para que os alunos saibam ou não. Quanto aos senhores professores: sempre se limitaram a dar aulas ou, melhor dito; vendê-las. É puro negócio.
São tempos de mudança, né?

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Redacao Escola - Quim & Zeca

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5 comentários:

Rafeiro Perfumado disse...

Por essa e por outras é que fico todo contente de já não necessitar desse sector...

Abraço!

Maria Arvore disse...

Eu concluiria antes que não se pode melhorar a qualidade do ensino maltratando os directos agentes dele. Se fustigares uma árvore com intempéries enquanto os frutos estão a crescer ficam todos estragados. ;)

Parece-me que a ideia é emagrecer o sistema de ensino público para engordar o privado, como já se fez noutros sectores...

Erecteu disse...

Raf,
Não tenho muito a certeza disso. Tu às vezes parece que estás a peir um treinador ;)

Maria, Emagrecer o sistema ou engordar por sistema, é então isso ;)

Joana disse...

Olhe que não, olhe que não...

Como em tudo, há bons e maus profs, bons e maus privados. O problema são as directivas europeias e a preocupação do ?nosso? Estado sempre subserviente a tudo o que vem de fora (e de cima).

É demasiado difícil ser prof (prof mesmo! daquele tipo de prof que gosta e faz tudo para ensinar) hoje em dia. E demasiado fácil ser aluno...

Jinhos.

Erecteu disse...

JJ,
Olhe que tenho a presunção de saber do que falo.