segunda-feira, 24 de março de 2008

Sumol is beautiful

Adorei quando me passaram a tratar por Mini. O tempo da rata do Mickey já lá vai, tempo dos Mini Cooper S, do aparecimento, mais tarde, da mini-Sagres, mas mais relevante era, obrigado Mary Quant, a mini-saia.

Tivesse eu os joelhos de outrora e ainda as usava, podem crer, mas a vida madrasta atropela-nos com desilusões e maior que a perversidade das amigas não há. Eu conto.
Foi no encontro das antigas alunas do Liceu. Estávamos todas tão alegres, a minha felicidade transbordava porque, tirando uma ou outra afectada nos modos e pelo Alzeimer, todos se lembravam de mim, só isso.

-Olha a Mini! e lá levava eu com um par de beijocas.
O jantar decorreu bem, a surpresa do streap, não sendo nada de original, contribuiu até para aumentar a desinibição, tudo teria corrido pelo melhor se não tivesse indagado porque é que me tinham baptizado de Mini.

A maioria não sabia mas a Mizé Almeida esclareceu:

- Por três razões. Pelas saias (enrubesci de prazer), pelas vistas curtas (compus os óculos) e pelas ideias (engasguei-me).


Não fora a risota geral e até tinha ficado mais um pouco.


Mas há quem goste de apagar o fogo com gasolina ainda que a mais de 100 US$ o barril. Confesso que já não me lembro do que foi mas. ainda mal se dissipara o fumo branco que teimara em parecer negro, e a polémica estalou com umas quaisquer reflexões ou santas declarações, que a minha minisse não permite recordar *. Agora…



Mas que bela mensagem pascal, destaco:

Bento XVI apelou ontem à paz no Tibete, no Médio Oriente e em África, no encerramento das celebrações pascais que decorreram sob o signo da liberdade religiosa.(…)
(…)"Não podemos deixar de pensar nalgumas regiões africanas, tais como o Darfur ou a Somália, no atormentado Médio Oriente e no Tibete, regiões que eu encorajo a encontrar soluções que salvaguardem a paz."(…)
(…)No sábado, na vigília pascal, Bento XVI também cumpriu a tradição e baptizou sete adultos, um dos quais um antigo muçulmano. Magdi Allam, natural do Cairo, é editorialista do Corriere della Sera e um dos maiores críticos do islão. (…)
(…)Lembrando que no passado foi um "muçulmano moderado", o editorialista, de 56 anos, afirma que "se libertou do obscurantismo de uma ideologia que legitima a mentira e a dissimulação, a morte violenta (...) e a submissão à tirania".(…)
Bom a ladainha vai longa, o tempo melhora, melhor será que vá dar banhos de mar às varizes, recebam um beijo da vossa,

Mini Pascoal


* "Mostre-me o que Maomé trouxe que era novo, e lá você encontrará apenas coisas más e desumanas, como o seu comando de espalhar pela espada a fé que ele pregava". ( oportuníssima citação de sua -dele- santidade).

1 comentário:

Maria Arvore disse...

Um bem haja à Mini Pascoal como cronista de serviço. :) É que quem usou mini-saia tem sempre algo para mostrar. ;)
E eu também devo estar com ideias mini, porque por mais que leia e releia as razões de Magdi Allam para a mudança, não consigo ver o que mudou. ;))