sexta-feira, 28 de março de 2008

O Estado do paradoxo.

No final somos nós que pagamos… E com este argumento surgem dúvidas quanto à responsabilização dos agentes do estado, nomeadamente dos tribunais e respectivos juízes.
Numa primeira mirada dá para estranhar que o mais alto magistrado da nação torça o nariz à aplicação de uma lei que parece dar satisfação aos protestos continuados de todas as castas de povinho, mas Cavaco não é coxo de todo e se pensarmos numa justiça célere não será difícil imaginar que estaria armada a grande confusão por esses tribunais fora, a não ser que à semelhança da saúde se impusessem taxas moderadoras.

Pela mesma razão, serviços de saúde eficientes atrairiam muitos mais utentes. Mais do que as taxas moderadoras é a própria qualidade dos serviços dissuasora, por si mesma, da procura de panaceias para má disposições,quase sempre passageiras. Por outro lado os (im)pacientes não têm em consideração que a reacção do organismo basta para a cura de muito mal. É verdade que saúde não é matemática e se isto não dá conta certa como na divisão… consideremos as mortes, que vão amiúde acontecendo, como mero resto.

O mesmo se passa na educação. Um país sem oferta de empregos vê crescer o número de licenciados concorrendo a postos de trabalho destinados a indiferenciados, como por exemplo, desqualificadas operadoras de caixas registadoras em fultaime, ou em partaime técnicos de limpeza ou de segurança.

Um estado eficiente serve para quê? Para convivermos com a eficiência teríamos que ter políticos e empresários, agentes do estado e operários, sindicatos e associações empresariais, e o demais, igualmente eficientes, né?
P'a pior já basta assim, porque doutro modo não resistiríamos a fracassos; deste modo, a culpa se não é deles é do sistema.

Minha é que não é.

1 comentário:

Maria Arvore disse...

:)))

O importante é o papel. Neste país está tudo no papel, na legislação. Na prática não se avança porque é sabido que barquinhos de papel só servem para brincar. ;)