quinta-feira, 14 de junho de 2007

Separar de águas

Portugal agita-se perante o caso APITO DOURADO. Quem tenha ouvido o debate na TSF, testemunhará o empenho apaixonado das intervenções, a maior parte em defesa de Nuno Pinto da Costa.
Nuno está acusado como autor de crime de corrupção, nada mais que isso, presume-se por isso que é inocente.
Não há no activo da direcção desportiva de um clube alguém que se lhe compare pelos sucessos obtidos a nível nacional e internacional, nada mais que isso, o que não o torna impune face à lei em qualquer circunstância.
Presumindo a inocência de Nuno, admira-me que não seja ele o primeiro a regozijar-se pelo facto de estar a ser investigado, pois só a ilibação o limpará definitivamente de qualquer suspeição. Note-se que Nuno não tem que provar a sua inocência, é ao Ministério Público que compete provar a sua culpa. Se por acaso este caso culminar com uma absolvição por qualquer recurso a expedientes processuais, isso significará que Nuno é inocente?
A meu ver será difícil provar a sua culpa, pois no léxico comum, fruta e puta, são coisas diferentes. No telefonema escutado até pode ter sido utilizada uma comunicação criptada, mas isso terá de ser provado.
Este processo é reaberto a partir do conteúdo do livro de Catarina Salgado que, como é sabido, o publicou movida por despeito e provavelmente por conflitos de interesses materiais, o que não é propriamente um acto de grande nobreza.

Bom, mas as águas que eu quero separar, nem são bem estas, o que eu gostaria de separar verdadeiramente é o que é de objectiva importância para o país, do que é acessório. Infelizmente o futebol avançou muito para além do que deveria ter ido, de tal maneira que não há politico, que se preze de não ser anjinho, que não avalie muito calculistamente o que é que pode ganhar com ele, com o mundo do futebol.
Isto leva-nos a um problema, como é que funciona o “SISTEMA” de que há muito não ouço falar? Sabendo que em todos os clubes há gente que milita em todos os partidos, como é que funciona o “SISTEMA”? Confesso-vos que não sei. Na escola onde andei não havia essa cadeira, mas se perguntarem à Sra. D. Carolina Salgado, que é de outra escola, ela de certeza que sabe.

Para me tranquilizar explico o fenómeno, arquivando o processo: o “SISTEMA” é como as “BRUXAS”, não acredito nele e nelas.
pero que las hay, las hay.





Até Mais Não Poder Ser


Bonito
Eu só quero acordar e ver o mundo bonito
Abrir os olhos e ver alguém bonito
Sorrindo até mais não poder ser

Contente
Quero dar cambalhotas no ar e estar contente
Fazer amor e gostar de toda a gente
Contente até mais não poder ser

A erva é mais verde do outro lado da montanha
E as estrelas parecem mais brilhantes
Nos arquipélagos do Sul
Há quem diga que a vida é mais fácil para lá de Espanha
E há quem goste do céu mesmo quando ele não é azul
Há quem goste do céu mesmo quando ele não é azul

No peito
Eu só quero trazer o universo no peito
Ir encontrar as palavras lá no peito
Aberto até mais não poder ser

Mais tarde
Eu prefiro deixar a amargura para mais tarde
Fazer esperar a agonia até mais tarde
Mais tarde até mais não poder ser

A erva é mais verde do outro lado da montanha
E as estrelas parecem mais brilhantes
Nos arquipélagos do Sul
Há quem diga que a vida é mais fácil para lá de Espanha
E há quem goste do céu mesmo quando ele não é azul
Há quem goste do céu mesmo quando ele não é azul

1 comentário:

Maria Arvore disse...

O sistema dá bombas de gasolina aos clubes e os clubes dão caras para campanhas eleitorais. Os homens do futebol trocam o jogo por mulheres e os outros trocam as mulheres por jogos.
Tocar na bola é que é um acto de bruxaria. ;))