domingo, 16 de setembro de 2007

A queda das 10 folhas

A minha Maria de vez em quando faz-me destas e eu... vindo dela é como uma carícia, mas vós outros nã s'atrevam.
Bom Marioska, os 10 livros que mudaram a minha vida, os dez livros, os dez... tou lixado tenho qu'inventar pois acho que não li tantos.
Como fica bem abstrair, começo pelo básico, o livro de assentos de baptismo e registo da Igreja na N. Sra da Conceição e o meu primeiro livro de leitura, que me deu imenso prazer até chegar aos ditongos: Ai! ... Ui!




Bom, posto isto de parte o que fica?

1.
de Júlio Diniz, "Uma Família Inglesa" .
Lido debaixo de uma latada ao fundo de um comprido quintal entre as passas de uns clandestinos cigarritos, foi a descoberta, aos treze anos, do prazer da leitura. Afinal os livros sem bonecos podiam ser giros! Havia vida para lá dos Cóbois e do FBI.
2
de Jonh Steinbeck, "A um Deus Desconhecido"
Em detrimento de outros, por muito estimulante que foi, aos dezasseis anos. Ainda hoje revejo nele o cheiro da terra molhada pela chuva.
3
José Mauro de Vasconcelos, "MEU PÉ DE LARANJA LIMA"
Faria qualquer morrer a rir se pudesse ver-me a lê-lo. Não digo porquê pois preservo a minha reputação de muy macho. Aos 23 anos quando o tempo parou de contar.
4
DE Gabriel Garcia Marques, "CEM ANOS DE SOLIDÃO"
Como que a "never ending story"
5
De Isabel Allende, "A CASA DOS ESPIRITOS"
Por uma deliciosa leitura partilhada com amor
6
De Margueritte Yourcenar. "A Obra ao Negro"
7
De Umberto Ecco, "O Nome da Rosa"
e 8
De José Saramago, "O Memorial do Convento"
Apresento-os em bloco porque os li de "seguideira", num entusiasmo em crescendo. Juro-vos que são os livros que nos descobrem, felizmente.
9
de Mário de Carvalho, "UM DEUS PASSEANDO PELA BRISA DA TARDE"
Este, "já velho", escritor é o testemunho do legado de escritores portugueses que sou forçado a omitir, mas que a minha maria referenciou.
10
de Mário Zambujal, "CRÓNICA DOS BONS MALANDROS"
A vida também se vive a rir. Li-o no 15 entre o Calvário e Algés. Por mais de uma vez apanhei gente a olhar-me com pena, isso mesmo: dó, da minha figura. Sempre é melhor do que ser apanhado a ressonar.

4 comentários:

Maria Arvore disse...

Ó meu Erecteu,
obrigada pela prontidão e que bem lembrado o registo de nascimento: esse é o livro que muda a nossa vida. :)))

E curiosamente (ou não :) li a tua selecção e o que mais guardo na memória são as gargalhadas a que o Zambujal me obrigou a ponto de me fazer doer os abdominais. :)

rui disse...

Olá Erecteu

Não posso dizer que os livros tenham mudado a minha vida, mas há algum que me tocaram por dentro.

Grande abraço, amigo

DF disse...

Para mim, a parte melhor do nosso livrinho eram aquelas assim: "O popó da titi é lindo.", e assim :).
Depois, o meu mais querido de todos está na tua lista, O 100 anos de solidão. Graaaande Gabriel!

Elipse disse...

mandei-te um sorriso em cada título, identificando-me contigo. é muito engraçado este exercício (embora tenhamos que deixar tantos de fora!) e mais engraçado é ainda o facto de nos revermos nos outros.