É tudo uma questão de princípios;
sopram-me ao ouvido com voz doce e, antes, no mesmo tom me disseram que no
princípio era o Verbo.
Em tudo acreditei, mesmo quando
me parecia que a bota não acertava na perdigota! Ás vezes, quando começava a estrebuchar
um bocadinho, a Sra. Professora e catequista, célere conectava-me à terra
fazendo enter no dogma da fé.
Olhando por cima do ombro, vejo
uma catrefada de Verbos bem entrincheirados, ao serviço: da família, de
nacionalismos, clubismos, senhoras flutuando sobre oliveiras,
internacionalismos bolorentos, sei lá... chega de “fezadas”.
Confesso que a fé, quando dá
jeito, muito facilmente é adoptada. No principio da CEE, quando o princípio,
para além do Verbo era a VERBA, afadigávamo-nos a calar os Velhos-do-Restelo
que uivavam aos quatro ventos: Essa história do Rei Midas não passa de mito,
olhem que a tocarem em tanta fartura
ainda desfazem o fígado e acabam na merda.
Mas o princípio da VERBA era
forte e o pessoal em festa cantarolava docemente: Já fui ao Brasil... dando azo
a deixa para ai és?
-Ai é? E eu a Cuba...
- Ai é? E eu às Honduras...
- Ai é? E eu aos States...
Assim por diante, ufano, cada um
vangloriava-se da aplicação dos créditos bancários. Só não aguentei quando um
primo afastado me disse que tinha passado quinze dias enfiado nas PIPIS!!!
Bom, se a festa ía boa pó pagode,
imaginem as elites abrindo e fechando empresas para aplicação dos fundos
comunitários... E os governantes, do central ao local? Gandas bombas topo de
gama por aí a acelerar com batedores “abrir” caminho: Uhéeee, ninoni!
Tá claro que para tanta máquina
aconselhava o bom senso que se construíssem auto-estradas, umas ao lado das outras
servindo as preferências por paisagens marítimas ou mais bucólicas.
E agora, estamos no fim, o que
será o princípio d’alguma coisa né?
Verbo ou VERBA? Venha o mafarrico
e escolha qu’esta merda tem gaitas!
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