quinta-feira, 4 de outubro de 2007

As cataratas

Che é a figura romântica da história. A memória pode até ser curta, mas passadas dezenas de anos, um estranho fenómeno impede a sua morte: a sua constante presença icónica. Cuba realça o elevado carácter de Che, médico-guerrilheiro de vocação internacionalista. Imaginado, muitas vezes emprestou a pele: montando uma mota, e ironia do destino, em barricadas opostas, por matas de África, foi-lhe copiado o bigode e a forma de colocar a boina.
Imagino o jovem Che fazendo o Juramento de Hipócrates, tendo dificuldade em aceitar que o médico se recusasse a prestar os cuidados devidos a Mario Terán.
E para finalizar, vejo ainda Mario Terán “claramente vendo” diante de si um pelotão de fuzilamento sob as ordens de El Comandante gritando.


FUEGO



Aprendimos a quererte
Desde la historica altura
Donde el sol de tu bravura
Le puso cerco a la muerte

Estribillo:
Aqui se queda la clara
La entraniable transparencia
De tu querida presencia
Comandante Che Gevara


Vienes quemando la brisa
Con soles de primavera
Para plantar la bandera
Con la luz de tu sonrisa

Estribillo


Tu mano gloriosa y fuerte
Sobre la historia dispara
Cuando todo Santa Clara
Se despierta para verte

Estribillo

Seguiremos adelante
Como junto a ti seguimos
Y con Cuba te decimos
Hasta Siempre, Comandante

Estribillo

3 comentários:

Maria disse...

Um médico não pode negar-se a prestar auxílio a ninguém, nem mesmo a um assassino. Ou eu sou muito naïve ou então sou muito soft...

Maria Arvore disse...

Erecteu,
os médicos só removeram as cataratas físicas ao assassino a soldo... :(

Quintanilha disse...

Este fulano, idolatrado em todo o mundo por milhões de pessoas (por mim não!) também matou!

Abaixo a hipocrisia, um assassinato cometido por um revolucionário comunista é em alguma coisa diferente de um assassinato cometido por um fascista?