segunda-feira, 18 de setembro de 2006

Há quem defenda que a melhor defesa é o ataque, às tantas, quando dermos por isso estamos todos a defendermo-nos.

Não nutro particular simpatia, pelos árabes (ou islamitas, ou muçulmanos)…
Este tipo de afirmação, numa perfeita confusão, revela o desconhecimento do mais comum dos ocidentais por uma cultura que nos roça as fronteiras e por povos que provavelmente, até nos deixaram sangue nas veias.

O desconhecido transforma-se facilmente em ameaça! Homens do saco e papões assaltam-nos o espírito desde que nos conhecemos.
E quando desconhecemos, somos levados a inventar, o que preciso for, para nos tranquilizarmos.

Os mais ousados chegam ao ponto de afirmar que, para sua tranquilidade, o Homem sentiu a necessidade de criar (inventar ou descobrir) Deus!
O problema é que a descoberta Dessa identidade, única e “super omni”, ocorreu por aí com formatações diversas.

Vender, fazer passar um produto que para ser verdadeiro é forçosamente único, não deixa de ser obra dura, como comprovam os conflitos milenares e… seculares, ou não!
Carregamos culpas de que tivemos a coragem, por vezes, de pedir desculpa.

Poder, cultura e área de influência são os vértices de uma figura complexa.
Da mesma maneira que dois corpos não podem ao mesmo tempo ocupar o mesmo espaço, a tal figura complexa encontra, para isso, as suas dificuldades.

Com alguma habilidade e muita boa vontade, lá se vai encontrando forma de se encaixarem mais do que uma, por vezes três dessas figuras.
O pior é que não é preciso nenhuma habilidade ou qualquer força de vontade para “entornar o caldo”.

Achamos natural e a roçar o filantropismo, a instalação de empresas multinacionais e outras instituições, por esses mais ou menos longínquos continentes fartos de recursos, clamando contra qualquer resistência ou barreira nesse sentido; Em sentido contrário franzimos o sobrolho ao sentirmo-nos assaltados por hordas, de famintos desesperados.
Abrimos os mercados dos outros e fechamos os nossos!

Não toleramos armamento que possuímos e do qual não abdicamos;
Não toleramos a inobservância de convenções que não assinamos (Quioto);
Não toleramos o incumprimento de direitos humanos que contornamos (Guantanamo);

Somos tolerantes com todos, à excepção dos intolerantes… radicais

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