quinta-feira, 3 de junho de 2010

Princípio, meio e... enfim.


Se a vida não é uma gaita para que é que ela serve?
(Erecteu *sec XX, +secXXI)


Era assim, a palavra, no princípio: Mijou-se!

Toca de mudar fraldas, umas vezes cantando outras bufando e também rindo se, em plena tarefa, atingidos por inesperado e certeiro esguicho provocador de hilaridade geral e que deixa inevitavelmente atónito o pimpolho, completamente alheio à proeza de mijar para o ar, e que à falta de roca, vai brincando, com o que tem mais à mão: o pirilau esse companheiro para uma vida.

Depois, encurtando, vem a era do penico. Começando por dentro dele fazer, rapidamente se passa para, chegada a idade das trupes ou dos bandos, consoante a inserção sócio-geográfica, ser-se recorrentemente acusado de mijar fora dele, por dá cá aquela passa. É a idade da dúvida metódica mas em que a razão pouco importa cedendo à ao experimentalismo pouco, ou nada, científico, onde o comprimento tem a primazia, de pirilaus falando, sem atender a cumprimentos de satisfações alienígenas. Paradoxalmente é a idade de ouro do namoro do amor ou se preferirem do enamoramento.

Mas não há belas, nem feias, sem se nãos e chega o mijolítico. Primeiro os ardores intermitentes da uretra, a que corresponde o paleomijolítico, caracteriza-se por muita e curtas mijadinhas evoluindo para o neomijolítico onde a pedra se instala, like a rock… but doesn’t roll, nem à força de soros e sem valliuns que nos valham. Pelos corredores uivando houvem-se êxitos dos 80’s como por exemplo Stons leave the kidness alone. O mijolítico é pois a suprema merda em que se passa das quecas às pinguinhas para as não quecas de todo(s).

Olha o avô…- disse o puto para o pai que via o seu progenitor exalar em estertor um suspiro – mijou-se!
É assim a palavra no fim.

1 comentário:

Filipe disse...

A vida passa como numa estante. E às gentes resta tirar fotografias com os olhos.