Que uma pessoa saia à rua com dentes
podres não merece grande reparo, mas que se atreva a vestir uma fatiota catita
e a dar às ancas, cuidado que pode estar a pisar os limites; então se a isto
juntar o atrevimento da abrir a boca para cantarolar uma marchita, segurem o
Carmo e a Trindade não vá a caraça
entrar-nos casa adentro pela mão de um realizador da TV como aconteceu na transmissão
em directo das Marchas Populares de
Lisboa-2012.
Constatei que a imagem da senhora foi
suficiente forte para merecer reparos e fartos comentários no “face.
Independentemente das razões que tenham motivado o realizador a colocar no ar
aquelas imagens, fica para a história uma narrativa que não desmerecerá Fernão
Lopes ainda que em pincelada de sabor a corrente realista... aquela em
que os temas e as personagens estavam aquém dos mitos.
Deixem-me bailar à vontade e não se
importem se o faço para aparecer na TV ou se a minha veia plebeia, quando rufa
um tambor, me faz o pé marcar compasso.
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