Aí vai a canalha, pensava Biegas. Aí vai o rancho, pensaria a mana Bia, mas não pensou, largou foi o falsete: -Hê moços dum cabrão, ao vê-los abalar direitos à Stª Luzia em formação desorganizada.
-O raio dos moços nem sei o que parecem! Disse apontando a cabeça ao alto pá vizinha que batia os tapetes um no outro.
– Olhe daqui, parecem um rancho de sacristas a caminho da procissão do Senhor dos Paços.
Lá iam eles calçad’ábaixo em chilreada e guincharia, ufanos no seu trajar. Todos equipados, até ao Pica se desvaneceram as dúvidas. Agora sim, o USA era pa valer.
-Devíamos trazer cartazes, aventou.
-E quem é que segurava neles? – Devolveu o Rochinha.
-Pois é! Mas uma bandêra, era porrêro, temos de fazer uma.
Rochinha não lhe deu troco mas começou logo a vê-la.
É o Biegas, é o Biegas. Apontava para o alto, Zé Galo aos pulos.
Rochinha mirou de soslaio e secou-o: -E depois, para quê o carnavali? O Zé baixou a crista mais baixo que a esperança de sair da baliza. A algaraviada amansou e lá foram seguindo com os olhares o Biegas que os seguia lá pelo alto da colina do castelo.
A tensão foi-se instalando à medida que se aproximavam do campo da Parvoíce. Ainda lhes mordia na pele a chacota, resultado do último encontro. O Meia, para alguns, Leca para outros, Meia-Leca, só fora de campo para todos, vaticinou, -Os gajos mamam uma à minha conta. Mais valera estar calado, chamemos-lhe impropérios ao chorrilho de comentários que se seguiram ao seu desempenho no anterior jogo; aos pastelão, biqueira torta, fura nuvens, respondeu: -Nalgas – e entre dentes, caralhos ma fodam.
Zico manifestava a sua fezada que agora é que era: -Hoje temos, arbitro, com o Sr. Silva a apitar, a mama acabou-se.
Assim chegaram ao armazém do sal, por trás do qual ficava o campo.
-O raio dos moços nem sei o que parecem! Disse apontando a cabeça ao alto pá vizinha que batia os tapetes um no outro.
– Olhe daqui, parecem um rancho de sacristas a caminho da procissão do Senhor dos Paços.
Lá iam eles calçad’ábaixo em chilreada e guincharia, ufanos no seu trajar. Todos equipados, até ao Pica se desvaneceram as dúvidas. Agora sim, o USA era pa valer.
-Devíamos trazer cartazes, aventou.
-E quem é que segurava neles? – Devolveu o Rochinha.
-Pois é! Mas uma bandêra, era porrêro, temos de fazer uma.
Rochinha não lhe deu troco mas começou logo a vê-la.
É o Biegas, é o Biegas. Apontava para o alto, Zé Galo aos pulos.
Rochinha mirou de soslaio e secou-o: -E depois, para quê o carnavali? O Zé baixou a crista mais baixo que a esperança de sair da baliza. A algaraviada amansou e lá foram seguindo com os olhares o Biegas que os seguia lá pelo alto da colina do castelo.
A tensão foi-se instalando à medida que se aproximavam do campo da Parvoíce. Ainda lhes mordia na pele a chacota, resultado do último encontro. O Meia, para alguns, Leca para outros, Meia-Leca, só fora de campo para todos, vaticinou, -Os gajos mamam uma à minha conta. Mais valera estar calado, chamemos-lhe impropérios ao chorrilho de comentários que se seguiram ao seu desempenho no anterior jogo; aos pastelão, biqueira torta, fura nuvens, respondeu: -Nalgas – e entre dentes, caralhos ma fodam.
Zico manifestava a sua fezada que agora é que era: -Hoje temos, arbitro, com o Sr. Silva a apitar, a mama acabou-se.
Assim chegaram ao armazém do sal, por trás do qual ficava o campo.
Procurava o Rochinha, explanar a táctica, puxa do papel, e começa a ditar o que todos sabiam, ou não envergassem já eles as camisolas:
- Zé Galo (baliza)
- Zico (defesa direito)
- Rochinha (defesa central,)
- Pica (defesa esquerdo)
- Boleta (médio direito)
- Baldão (centro campista)
- Bonanza (médio central recuado)
- Meia-leca (médio central avançado)
- Garrincha (extremo esquerdo)
- Bicho (extremo direito)
- Metómê (avançado de centro)
Posto isto, preparava-se pá ultima palestra mas… qual quê! Meia-leca disparara a correr direito ao campo arrastando os outros atrás, surpreendendo as hostes do Invencível de S. Pedro, o USA fazia uma entrada triunfal.
O silêncio instalou-se no campo, o aquecimento parou, a visão do equipamento ferrou fundo no trajar civil do Invencível. Advinhava-se uma vitória psicológica do USA.
.
-Malta, as galinhas fugiram todas da capoêra!!!
Chacota geral, o Invencível recuperava o pé.
13 comentários:
Estes putos vão mostrar-lhes... Invencível, invencível o tanas!
É hoji, vais ver!
Beijinho da gata
Tu andas a pedi-las, ai andas, andas :-)))
Força... eu faço de claque...lol
beijocas gloriosas ;)
Eheheheheheh!!!!
Delicioso, como sempre.
Jinhos.
(Cantei... mas não encantei...)
O 11 campeão ^-^
sim seria um onze ideal...
lol pk disseste que os meus outros blogs n eram pa meninas lolol?
um abraço
Que onze, este! Putos assim estão prá vitória!!! Bjs a quem os "desenha" ;)
(Escrevi um testamento em resposta ao teu comment)
Fizeste uma Ode Triunfal ao glorioso Onze dos USA.
Mas vai bem também a gargalhada pelo oceano da Chickens'Eleven. :))))
http://www.lyricsdownload.com/steel-pulse-roller-skates-lyrics.html
a letra da musica que pediste.
um abraço
aí vai a canalha...estou a vê-los na gritaria entusiasta de quem tem os sonhos na ponta do pé.
Passei para te ler e deixar votos de um bom fim de semana.
Beijinhos
Olá Compadre!
Maravilha!
Descreveste aqui uns instantes da vida do Meia-Leca e companhia, com ritmo, cheia de pormenores, e com um vocabulário popular cheio de requinte!
Está o máximo!
Grande abraço compadre
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