quarta-feira, 18 de outubro de 2006

A ESPERANÇA DE VIDA

(…)
não é tolerável que todos os professores possam atingir o topo da carreira. E usou mais uma vez a metáfora castrense: "Nem todos os militares podem chegar a generais." (…)


Quando se discute o estatuto de uma carreira pretende-se, de acordo com a sua especificidade, definir a actividade e o seu exercício.

Não é viável, de uma assentada, definir todas as actividades. Isto é tão evidente que me interrogo sobre a seriedade da argumentação do Sr. Primeiro-ministro e da Sra. Ministra da Educação.

A instituição militar assenta numa estrutura de tal forma hierarquizada que para alem dos postos de comando se aplica o conceito “a antiguidade é um posto”

A actividade docente está alicerçada em princípios de autonomia e de reconhecimento de competências pedagógicas. A sua actividade organiza-se a partir de decisões colectivas de grupo e de escola estando permanentemente a ser avaliada em conselhos.
Ao professor cabe, em primeiro lugar, despistar dificuldades ou insuficiências dos discentes e por fim avaliar, disponibilizando os seus elementos de avaliação, a aquisição de conhecimentos, segundo critérios que lhe são previamente fornecidos. O sucesso escolar dos discentes não é determinado pelo professor mas sim por um conselho de turma, havendo sempre recurso da decisão.

Não adianta explicar que se perde tempo em comparar a esperança de vida de um nabo e a de um Primeiro-ministro.

2 comentários:

DF disse...

Abençoada boca que tão bem fala! Cabeça que tão bem pensa! E as verdades são para ser ditas!
Bora tudo sair daqui pra fora?! O último a sair que deixe a luz acesa, que ficam aí os gajos pra pagá-la mais cara!!!

Anónimo disse...

Espera lá, o Sócrates está a falar do tamanho de quê? E porque é que p bacano do lado esquerdo dele está a ouvir a conversa com um ar de bichona satisfeita???