quarta-feira, 13 de setembro de 2006


"…A um jovem professor que acaba de entrar na carreira, que trabalha longe de casa, pode ser atribuída a coordenação de um departamento. Já a um professor com experiência, que acumulou conhecimentos e competências, paga-se bastante mais e diz-se que se pode afastar da escola e trabalhar menos. O resultado é que as escolas são muito sustentadas no trabalho dos mais jovens e inexperientes. Propomos que os jovens professores se concentrem mais no ensino, que lhes sejam dadas hipóteses de desenvolvimento pessoal de competências, e que aos seniores, com mais experiência, se peça para assumam mais responsabilidades dentro da escola.(…)"
In DN Quarta, 13 de Setembro de 2006

Que maravilha de prosa!

Só é possível sustentar esta ideia com base na máxima : “Dividir para reinar”

Os profs mais novos ficam a saber com o que podem contar com o passar do tempo… PRATELEIRA!

A lógica é simples: Criemos os mecanismos que garantam a possibilidade de nos desfazermos dos mais velhos, desgastados pelo muito servir.

Reconhece-se que os jovens profissionais não têm a justa compensação pelo trabalho desempenhado e ao reconhecê-lo propõe-se reduzir a retribuição devida à experiência acumulada e à dedicação de uma vida de trabalho.

Esta lógica, perversa, espelha a uma maquiavélica mentalidade e desperta a curiosidade de saber qual o limite que define o útil do inútil.
São cinco dez ou… quantos anos de trabalho? Diga lá Sra. Ministra.

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