quinta-feira, 21 de setembro de 2006


O mau cheiro passa se deixarmos de mexer no lixo, não é?

Ponto(s) prévio(s).
O papa não é um malfeitor, facínora ou mal intencionado.

Posto isto:
O Islão não é a soma de múltiplas sensibilidades, á semelhança do cristianismo apostólico romano, para alem do evangélico ou do ortodoxo?
Não se reconhece uma atitude ou comportamento diferente dos Muçulmanos de Marrocos e da Argélia ou da Tunísia e do Irão, por exemplo?

As cruzadas e as guerras santas “já foram”; sem que isso impeça que fundamentalistas entendam que uma ou outra poderiam convir para estabelecer a harmonia da Fé, justificando o meio pelo fim.

O papa não está acima da crítica nem pode ser autista. Se se sente incompreendido deveria ser o primeiro a tentar compreender os que por eles se sentem atingidos, se não pelo conteúdo complexo do seu discurso, pelo menos pela (in)felicidade e (in)oportunidade do mesmo.

Ignorar que sensibilidades islâmicas reconhecidamente tolerantes protestam ao ponto de retirar representantes diplomáticos do Vaticano, alinhando-as com o “eixo do mal” é a prova de incapacidade de nos colocarmos na posição dos outros para melhor nos compreendermos.

Aguardemos a versão final do discurso de Bento XVI, a emenda não poderá ser pior que o soneto.

1 comentário:

Toix disse...

Não sei se conheces este blog: http://abarrigadeumarquitecto.blogspot.com/ Entretanto repara nos links.