UM NOVO ANO MUITO FELIZ
mas voltarei
Obrigado a todos.
O prometido é devido, aqui tou felizmente inteiro.
Espero que tenham passado de um ano para o outro com alegria; que este vos traga saúde e felicidade é o que vos desejo.
UM NOVO ANO MUITO FELIZ
mas voltarei
Obrigado a todos.
O prometido é devido, aqui tou felizmente inteiro.
Espero que tenham passado de um ano para o outro com alegria; que este vos traga saúde e felicidade é o que vos desejo.
A reunião até tinha corrido bem. Bem entrados pela noite, desfeitos os equívocos, o Sr. Almirante desmanchou a pose tornando-se numa pessoa surpreendentemente afável, comunicativa e alegre.
Arrastando-me até á cervejaria Alemã, não lhe pude fugir e lá tive de o acompanhar em informal cerimónia. Do bife mal passado, às cervejas passando pelo semi-frio até ao café e a aguardente reserva, sustentados num puro, foram duas e meia longas horas de conversa agradável, com intermitências de prolongadas dissertações, que desculpo. À despedida convite para jantar numa breve oportunidade e lá fomos cada um para seu lado, aos respectivos carros. Tivesse ele melhor sorte que a minha. Jante bloqueada, uma e vinte e cinco da madrugada, sexta-feira que nem era treze! A salvação do destino, ali há mão descendo ao Cais de Sodré; passando pelo Irish Pub, um grupo alegre cavaqueava, e de dentro saíam em surdina folk sonds. Salvação não tivesse eu visto as luzes do último comboio a afastarem-se nesta noite, trigésima de Novembro, de dois mil e seis.
Noite fria resolvi entrar. Para ali fiquei até me perguntarem o que queria –Uma Guiness, por favor, entre praguejares pra dentro e o ouvir a música. Grupos alegres de habituais, poucos de ocasionais; uma quase gaiata, divertida, não dava descanso às amigas roubando-lhes as bebidas ou passando as mãos molhadas pela cara de uma, pelas coxas oferecidas pela mini, de outra. Os nossos olhos cruzaram-se e a pequena, para meu triunfo, sentindo-se observada, convenientemente os desviou para voltar desafiadora; ficámos num jogo de sisudo, desvirtuado por sorrisos irónicos. As canecas foram saindo, mais do lado delas que do meu até me convidarem a sentar. Quem és, o que fazes, correu a mesa. Universitária uma, ex as outras, todas em abertura de fim-de-semana que prometia; Já solidárias com a minha desgraça, implacáveis com os filhos da puta dos xuis, porque não havia o direito, cabrões. Sem ser tido ou achado sentenciaram levar-me a casa, destruindo impiedosamente desculpa ou argumento apresentados; nem mais nem menos, passavam primeiro pelo meu carro para sacar uma pasta e assim foi, mas; Carro… uma porra, já lá não estava! Três da manhã, hôi! No problem, sabiam para onde o tinham, de certeza absoluta, rebocado e que até lá me levavam. Forçado e reforçado por aquelas frescuras, lá fomos. A desalmada comigo no banco detrás, não parava quieta moendo as amigas e ainda mais a mim nos quentes e fortuitos contactos de pernas; gaita, nunca vi gaja tão sepidada e com tal diabo no corpo que já do meu se apossava. Tivesse ela mais uns anitos e, e… Bem, adiante: após o desembaraço da viatura, os agradecimentos e a proposta de troca de números de telemóveis para um posterior contacto, o borracho colado a meu lado. –Vou contigo. –Comigo onde? –Já vês, melodiosa e concisa. Foram-se as outras duas, envoltas em gargalhadas, acenando divertidas. Ficámos nós. Aparvalhado dei por ela a entrar no carro, puxar o banco todo para trás, traçar a perna fazendo subir ligeiramente a saia, enquanto acendia um cigarro e lançava um olhar transviado. Fechou a porta, ergueu o queixo, olhou em frente.
Arranquei atarantado, e sem jeito fiquei ao sentir o suave pousar da sua mão no meu braço. -Queres... -Ir a tua casa, interrogou ou sentenciou, não sei. Devemos ter subido a escada, mas só dei por mim já lá dentro, abraçado com o seu rosto refugiado no meu peito, cabelos enredando-se na barba que já despontava; a morna respiração no peito foi descendo pelo corpo e incendiando a cabeça. Abracei-a suavemente, por um momento ali ficámos até que a sua mão da minha se ia suavemente libertando partindo á descoberta da casa de banho. Fui para a sala, sentei-me, levantei-me quando ouvi a água correr, acendi um cigarro fazendo de cabeça contas à idade que a gaiata poderia ter; assustei-me ao pressenti-la a meu lado puxando-me para o quarto com a cama por fazer.
(Foto © João Freitas )
Foram tantos os abraços os beijos as carícias, tantas as mordidelas os arranhões o repuxar de cabelos as lambidelas, tantos os apertões as festas e mais beijos e mais, mais, e mais...
louco dei por apartar-se, deslizar para fora da cama, desaparecer em silêncio.
ut parvus est
"Poema da malta das naus"
Lancei ao mar um madeiro,
espetei-lhe um pau e um lençol.
Com palpite marinheiro
medi a altura do Sol.
Deu-me o vento de feição,
levou-me ao cabo do mundo.
pelote de vagabundo,
rebotalho de gibão.
Dormi no dorso das vagas,
pasmei na orla das prais
arreneguei, roguei pragas,
mordi peloiros e zagaias.
Chamusquei o pêlo hirsuto,
tive o corpo em chagas vivas,
estalaram-me a gengivas,
apodreci de escorbuto.
Com a mão esquerda benzi-me,
com a direita esganei.
Mil vezes no chão, bati-me,
outras mil me levantei.
Meu riso de dentes podre
secoou nas sete partidas.
Fundei cidades e vidas,
rompi as arcas e os odres.
Tremi no escuro da selva,
alambique de suores.
Estendi na areia e na relva
mulheres de todas as cores.
Moldei as chaves do mundo
a que outros chamaram seu,
mas quem mergulhou no fundo
do sonho, esse, fui eu.
O meu sabor é diferente.
Provo-me e saibo-me a sal.
Não se nasce impunemente
nas praias de Portugal.
António Gedeão in "Teatro do Mundo", 1958
-Vó é pra ti apareceu ele de folha na mão.
..." quem quer que pretenda escrever sobre erotismo tem de fazer uma escolha prévia. Se quiser evitar produzir sensações e emoções eróticas tem de utilizar as expressões científicas ou as da etiqueta quotidiana. Se, pelo contrário, quiser evocar as emoções eróticas e praticar a fenomenologia, a certa altura tem de deixar a linguagem científica e médica para usar expressões mais comuns, quotidianas, até ordinárias, mas capazes de evocar a experiência."...
Foi, por exemplo, assim invarávelmente como se tivessem combinado:
-Eh pá isto da pixota... tiriritiriri, o que é que achas?
-Corta essa merda e deit'á fora, só te traz problemas.concisamente. nem cu me ofereceram
RESOLVI ENTÃO:
Desatar os colhões à bolsa -13,46 € pró caralho, a tentar perceber a pixota.
se quizerem saber o que já "seio" apalpem aqui.
para ler 1. Sexualidade e amor
in ADN
é o que queria transmitir à autora
fica a brejeirice, resultado de uma tentativa falhada