-Já qui Meco, mas o gajo fazia-se de desentendido. –Já qui olha que… e o gajo lá veio assolapado de rabo entre as pernas para ali se ficar a três passos, mirando o cajado, esperando a arrochada. Safou-se por obra e graça do senhor a que ele cobiçara as nalgas.
-Deixe lá o cão que não fez mal nenhum.
Tá visto que era um bom homem, mas estava visto que de cães não percebe nada. A confirmar qu’é bom, o homem ofereceu-me um cigarrito preto e a cheirar a mel que tirou de uma latita finória, pondo-se a tagarelar: Como se chamava o canito mais eu, ao que andava, enfim conversa de quem vem de longe e tem tempo de sobra porque não demorou a contar que andava aos cogumelos.
-Oh homem! Aos cogumelos?
Pois era, que eles cresciam em tempo de chuva e tivera o cuidado de ver o borda d’água da TV.
– Mas se já vamos em Junho! lá expliquei, pode ser que sim mas que tivesse paciência e que esperasse pela chuva para ver depois.
Mas o homem era um falador, que não se calava e vai daí pergunta-me o que achava da OTA.
–Da quê!
-Do aeroporto, não me diga que nunca andou de avião!
- De carreira já, sim senhor, mas d’avião para onde preciso d’ir não dava muito jeito.
-Então vocês aqui, precisam ou não precisam de aeroporto?
-Qual quê? Precisamos lá agora! A barulhêra que fazem, mais os terroristas que se apegam a eles, quer lá a gente uma coisa dessas, ainda nos dinamitavam a nossa rica ponte.
Os olhinhos brilharam, o sorriso abriu-se-lhe no rosto.
-E o senhor o que é que faz?
-Olhe, vou fazendo o que aparece e se não aparece... espero que apareça.
-Boa filosofia sim senhor. Era capaz de o convidar para meu assessor. Com esta é que o gajo me lixou! Ainda estou para saber o que é que o raio do homem queria dizer com aquilo.
– E isso é a modos de quê?
-Olhe, coisa pouca. Só tinha que e explicar às pessoas porque é que o aeroporto não faz falta aqui, e me ir dando umas ideias, para contentar estas gentes.
Gaita, disse cá para comigo, um emprego desses é que vinha mesmo a calhar. A jorna não deve ser longa e as costas não devem moer.
-Nunca se sabe, pois não e já agora adianto-lhe, de borla, diga lá ao seu patrão que o que pouparem no aeroporto, que aqui não faz falta, façam a mercê de construir uns canaizitos e nos trazer a água que ajuntaram lá no Alqueva de que pouco nos serve onde está.
***
I think I'm gonna be sad, I think it's today, Yeah
The girl that's driving me mad is going away
She's got a ticket to ride
She's got a ticket to ride
She's got a ticket to ride
but she don't care
She said that living with me is bringing her down, yeah
For she would never be free when I was around
She's got a ticket to ride
She's got a ticket to ride
She's got a ticket to ride
but she don't care
I don't know why she's riding so high
She ought to think right
She ought to do right by me
Before she gets to saying goodbye
She ought to think right
She ought to do right by me
I think I'm gonna be sad, I think it's today, Yeah
The girl that's driving me mad is going away, yeah, oh
She's got a ticket to ride
She's got a ticket to ride
She's got a ticket to ride
but she don't care
I don't know why she's riding so high
She ought to think right
She ought to do right by me
Before she gets to saying goodbye
She ought to think right
She ought to do right by me
She said that living with me is bringing her down, yeah
For she would never be free when I was around
She's got a ticket to ride
She's got a ticket to ride
She's got a ticket to ride
but she don't care
My baby don't care
My baby don't care
My baby don't care
My baby don't care
My baby don't care
1 comentário:
lol lol lol
Levar água só dá lucro se encanada privadamente e certamente o senhor que anda à cata de cogumelos é amigo dos que compraram terras em possíveis localizações de aeroportos para depois as venderem a bem da nação. ;)
Sabes que ele só levou cogumelos comestíveis?;)
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