segunda-feira, 14 de maio de 2007

Chorem com





as "Madeleines", independentemente das idades

*Dua Khalil Aswad tinha 17 anos.

*"... de uma minoria religiosa do Curdistão iraquiano, foi apedrejada até à morte depois de se ter apaixonado por um jovem sunita. O apedrejamento foi em Abril, mas ganhou relevância internacional porque os carrascos gravaram o crime ."

in sic online

4 comentários:

Hipatia disse...

De cada vez que é o Dia da Mulher, a grande maioria de nós – mulheres brancas, ocidentais, a viver em Países que lhes garantem direitos e deveres e liberdades – zurzem o tema do costume, de que a maior discriminação é ainda a necessidade de haver um dia, de que não é preciso, de que coisa e tal. E eu até sei disso, porque sou uma dessas mulheres. Mas, depois, vem uma história destas e pensas… e então? Onde está a justiça? Onde estão todos os motivos que te fazem pensar que não é preciso um dia para lembrar estas mulheres? E a porra é que ninguém lembra. E a porra é que nem eu lembro. Tirando merdas destas que quase te tiram do sério, que te revoltam as entranhas e que ficas a pensar que cresceu um ódio tamanho dentro do teu peito que serias capaz de matar um a um cada um daqueles cabrões de pedra na mão. Com os telemóveis de câmara incorporada. Enfiar-lhes os telemóveis pelo cu acima e a pedra pela goela abaixo. E talvez ver justiça. Uma justiça a que esta jovem mulher não teve direito. A que tantas delas não têm direito. Enquanto nós – aqui longe – somos também e ainda tão impotentes como sempre fomos e mais não podemos fazer do que chorar por ela; chorar com ela.

Erecteu disse...

Hipatia,
Bem procuro ser contra a violencia, racionalmente; mas na verdade o mundo está cheio de porras com as quais não há complacencia possivel.

Maria Arvore disse...

Que associação brilhante, Erecteu! :)
É que podem ser as inocentes e miúdas Madeleines, as mulheres mortas à pedrada ou as mulheres violadas no Darfur, todas sofrem do mesmo: a violência de um mundo violento.

Curiosamente - ou talvez não ;) - o mais divulgado é sempre o que seja mais inócuo para o poder instítuido... ;)

Erecteu disse...

Pois, maria, o brilhantismo (exagero teu mas que sabe ao casar ;)) pena é que se deva a mensageiro de desgraça.
Faça-se justiça, a iniciativa é de "ela" que está linkado a hipatia.

Bjs