sábado, 22 de setembro de 2007

Flexi insegurança

Conhecia-a de muito longe, envolta em capas que escondiam fraquezas. Diz-se que dos fracos não reza a história mas como não sou historiador, até lhe achava graça, afinal não há mais forte do que aquele que faz das fraquezas forças.
Pois, tão forte é a sua fraqueza que à sua volta tudo baila de bico, é que a fraqueza pode dar folgo à verve, rapidez ao pensamento e transmutar pele suave e bem cheirosa em couraça, entupir os lacrimais para soltar, mesmo assim a custo, lágrima só de raiva, o riso aflorar-lhe de escárnio, do lábio soltam-se trovas de maldizer, tal como a água fresca se perde em areias.
Um simples véu descai e a menina, em frágil doce, desponta traquina quebrando avisos, desprotegida, como brisa fresca afagando o deserto.

5 comentários:

Elipse disse...

... e, impotentes, ainda que traquinas, aceitamos as fraquezas dos Estados manobradas por mãos desajeitadas a quem o poder dá forças.

rui disse...

Olá Erecteu

Pois é..., o véu descaíu e mostrou a beleza de um lindo amanhecer, nas zonas de Setúbal.
Boas imagens.

Que tenhas um divertido fim-de-semana

Abraço

Erecteu disse...

Elipse,
tal e qual :))

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Rui,
Há dias em que a luz mexe, é pena que o engenho e a arte não acompanhem.
Um abraço

vague disse...

Que bonito, Erecteu.

Maria Arvore disse...

Os fortes não são os que não têm medo mas os que tendo, arriscam avançar. :)

Mas que essa flexi insegurança, como bem lhe chamas, se fique pelas personalidades das gentes que tê-la também, por grosso, no trabalho, só pode desiquilibrar a balança de cada um. :)