quinta-feira, 19 de julho de 2007

Não viveu a glória dos grandes como Dario ou Alexandre, não subjugou povos ou construiu impérios nem sequer acumulou ouro. As únicas batalhas que travou foram as do dia a dia da guerra da vida. Rapaz criado em casa deles, não recebeu por junto o afecto que distribuiu por cada um dos que o rodeassem, quando homem.
Viveu, isso sim, a magna glória da humildade e da amizade militante, pelo que pouco deixou para distribuir senão uma lágrima contida e uma enorme saudade.





Quando eu morrer batam em latas

Rompam aos saltos e aos pinotes;

Façam estalar no ar chicotes,

Chamem palhaços e acrobatas!


Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza:
A um morto nada se recusa,
E eu quero por força ir de burro!...

Mário de Sá-Carneiro

5 comentários:

Maria Arvore disse...

Isso é viver. :)
Beijo grande.

Claudia Sousa Dias disse...

Querido Mário...


CSD

Maria Arvore disse...

Olha Erecteu,
nunca sei como dizê-lo... mas um abraço de solidariedade.

Erecteu disse...

CSD,
o querido do "absurdo"

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maria_arvore,
tu sabes e nem precisas de...
Obrigagdo, sinceramente obrigado
Bjs

rui disse...

Olá compadre

Mário Sá-Carneiro não viveu a glória de muitos outros, mas deixou uma obra ao nível dos melhores.

Grande abraço